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Kupfer 741 15082025
Política e religião
Politik und Religion
Kupfer 741 15082025
Política e religião
Historicamente, essas duas atividades andaram de mãos dadas. Houve momentos em que os príncipes eram papas e os papas eram príncipes. Mesmo nos tempos modernos, houve e ainda há muitos países que ancoraram uma religião estatal em suas constituições. Pelo que estamos nos referindo apenas à religião cristã, porque em outros países do mundo a conexão não é apenas imanente, mas também de norma do Estado. Nas sociedades ocidentais, observa-se que a relação com a religião não corresponde mais à tradição familiar, uma vez católica sempre católica.
Em países como o Brasil, acaba de ser publicado o resultado da pesquisa demográfica de 2022, mostrando um crescimento de pessoas que se autodenominam protestantes. De 2010 até os dias atuais, esse grupo aumentou de 21,6% para 26,9%, enquanto os que se professam católicos diminuíram de 65,1% para 56,7%.
Essa mudança também trouxe movimento ao cenário político do país, pois o presidente Bolsonaro, eleito em 2018, atraiu os eleitores protestantes como nenhum outro, embora esse grupo de eleitores não seja de forma alguma uma unidade monolítica, porque os protestantes luteranos tradicionais têm pouco a ver com as igrejas pentecostais, que são de origem norte-americana. A maneira como estes últimos fazem proselitismo agressivo e tentam vincular seus seguidores a si mesmos é uma reminiscência do trabalho missionário quase obsessivo dos jesuítas com os povos indígenas nos séculos VII. e XIII. no Brasil e em toda a América Latina.
No entanto, isso também mudou o cenário político. A divisão entre os ricos, a burguesia à direita e a classe trabalhadora e os menos privilegiados à esquerda não existe mais. Especialmente neste último grupo populacional, os novos movimentos protestantes conseguiram influenciar e vincular a população desfavorecida com sua mediação de fé não convencional via televisão e Internet. Como é relatado nos últimos dias, o atual presidente, que sempre se incluiu entre os que estão lá embaixo, considera esse grupo de eleitores perdido e não tenta mais fazer campanha em seus templos e redutos, nem tentar colocar seus pregadores e pastores em sua máquina de campanha eleitoral. Um desenvolvimento que prometerá resultados interessantes no próximo ano.
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Kupfer 741 15082025
Politik und Religion
In der Geschichte gingen diese beiden Aktivitäten meistens Hand in Hand. Es gab Zeiten da waren Fürsten Päpste und Päpste Fürsten. Auch in der Moderne gab und gibt es viele Länder die in ihrer Verfassung eine Staatsreligion verankert haben. Wobei wir uns da nur auf die christliche Religion beziehen, denn in anderen Ländern der Welt ist die Verknüpfung nicht nur immanent sondern staatstragend.
In der westlichen Gesellschaft beobachtet man, dass das Verhältnis zur Religion nicht mehr der familiären Tradition entspricht, einmal katholisch immer katholisch. In Ländern wie Brasilien wurde gerade dieser Tage das Resultat der demografischen Umfrage von 2022 veröffentlicht, das ein Wachstum der Personen zeigt die sich als evangelisch bezeichnen. Von 2010 bis heute hat sich diese Gruppe von 21,6 % auf 26,9 % erhöht, wobei gleichzeitig die sich als katholisch bekennenden von 65,1% auf 56,7 % abnahm.
Diese Veränderung brachte auch Bewegung in die politische Landschaft des Landes, denn der 2018 gewählte Präsident Bolsonaro brachte wie kein anderer die evangelischen Wähler hinter sich, wobei diese Wählergruppe keineswegs eine monolithische Einheit bildet, denn die traditionellen lutheranischen Protestanten haben mit den pentekostalischen Kirchen, die nordamerikanischen Ursprungs sind wenig zu tun. Die Art und Weise wie letzere agressiv missionieren und ihre Anhänger an sich zu binden versuchen, erinnert an die fast besessene Missionierung der indigenen Völker im 17. und 18. Jahrhundert in Brasilien und ganz Lateinamerika.
Damit veränderte sich aber auch die politische Landschaft. Die Aufteilung in rechts die Wohlhabenden, das Bürgertum und links die Arbeiterklasse und die weniger Privilegierten, stimmt so nicht mehr. Gerade bei der letzteren Bevölkerungsgruppe gelang des den neuen protestantischen Bewegungen mit ihrer unkonventionellen Glaubensvermittlung über Fernsehen und Internet die unterprivilegierte Bevölkerung zu beeinflussen und an sich zu binden. Wie dieser Tage berichtet wird, betrachtet der derzeitige Präsident, der sich immer zu denen da unten zählte diese Wählergruppe als verloren und bemüht sich nicht mehr in deren Tempel und Hochburgen Wahlkampf zu machen, noch zu versuchen sich deren Prediger und Pastoren in seine Wahlkampfmaschine zu holen. Eine Entwicklung die interessante Ergebnisse in den nächsten Jahren versprechen wird.
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